Ruben Alves
Mural de AVISOS
"A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei."
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sábado, 28 de maio de 2011
Assim são as religiões...
Viviam, num país do oriente, 5 cegos que mendigavam juntos à beira de um caminho. Eram amigos em virtude de seu infortúnio comum. Todos tinham um grande desejo. Já haviam ouvido falar de um animal extraordinário, enorme, chamado elefante. Tão maravilhoso era o dito animal que muitos afirmavam que ele era divino. Mas eles, pobres cegos, nunca haviam estado com um elefante. Ah! Como gostariam de conhecer um elefante. Aconteceu, porque Alá ouviu suas preces, que um domador de elefantes foi por aquele caminho conduzindo seu animal. Foi uma festa! A criançada gritando, homens e mulheres falando. Ouvindo tal rebuliço os cegos perguntaram: " O que está acontecendo?" "Um elefante, um elefante", responderam. Eles se encheram de alegria e pediram ao domador que os deixassem tocar o elefante, já que ver não podiam. O domador parou o animal e os cegos se aproximaram. Um deles foi pela traseira, agarrou o rabo do elefante e ficou encantado. O segundo foi pelo lado, abraçou uma perna e ficou encantado. O terceiro apalpou o lado do elefante e ficou encantado. O quarto passou as mãos nas orelhas do elefante e ficou encantado. E o último segurou a tromba e ficou encantado. Ido o elefante os cegos começaram a conversar. "Quem diria que o elefante é como uma corda!", disse o primeiro. "Corda coisa nenhuma", disse o segundo. " É como uma palmeira". "Vocês estão loucos", disse o terceiro. " O elefante é como um muro muito alto." "Vocês não são só cegos dos olhos", disse o quarto. " São também cegos da cabeça. Pois é claro que o elefante é como um ventarola." " Doidos, doidos", disse o quinto. " O elefante é como uma cobra enorme..." Por mais que conversassem eles não conseguiram chegar num acordo. Começaram a brigar. Separaram-se. E cada um deles formou uma seita religiosa diferente: a seita do deus-corda, a seita do deus palmeira, a seita do deus parede, a seita do deus ventarola, a seita do deus cobra...Assim são as religiões.
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Reino de Deus?
O "evangeliques" tem nos ensinado a propagar o Reino de Deus, a enche lo com as almas perdidas e que estão longe. Esse ensinamento tem sido o principal do cristianismo, não só o moderno, mas desde do século I d.C, mas este reino é um templo como muitos tem pregado? uma instituição? uma religião? Paulo disse uma vez que o Reino de Deus não é comida e nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo. Particularmente não sou muito fã desse autor, mas não tenho como não usar como base de minha concepção sobre o tema suas palavras. O verdadeiro reino não é aquele que anda junto com a injustiça, não prega o ódio , não se alimenta do medo de um inferno e da tristeza gerada pela culpa, o verdadeiro reino é aquele onde a discriminação não cabe, compreendendo plenitude que existe no amor transformador, sendo a verdade reinante. A verdade dita aqui não é aquela pregada pelo ponto de vista, não é um livro de regras, uma pregação inspirada, uma música bem entoada, não é o inferno, não é um paraíso**, mas sim o caminhar junto, a paz com todos, o amar como a ti mesmo. Essa verdade é o pilar desse reino, que não é comida, que não é o dinheiro, o muito falar, o muito sofrer, esse reino, o Reino de Deus, não pertence as construções materiais, ao palpável, mas sim aquilo que pode tornar se eterno, a justiça, a paz e o amor e, é esse reinado que devemos buscar estabelecer.
obs: ** Não estou descartando a existência de ambos, como nunca morri não sei afirmar. rs
Naor Franco
Naor Franco
terça-feira, 17 de maio de 2011
Palavras repetidas
A Terra tá soterrada de violência
de guerra, de sofrimento, de desespero
a gente tá vendo tudo, tá vendo a gente
tá vendo, no nosso espelho, na nossa frente
tá vendo, na nossa frente, aberração
tá vendo, tá sendo visto, querendo ou não
tá vendo, no fim do túnel, escuridão...
tá vendo a nossa morte anunciada
tá vendo a nossa vida valendo nada
tô vendo, chovendo sangue no meu jardim
tá lindo o sol caindo, que nem granada
tá vindo um carro-bomba na contramão
tá vindo o suicida na direção
"É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã
porque se você parar pra pensar, na verdade não há"
A bomba tá explodindo na nossa mão
o medo tá estampado na nossa cara
o erro tá confirmado, tá tudo errado...
estupidez, um erro simplório
a bola da vez, enterro, velório
perda total, por todos os lados
do banco do ônibus ao carro importado
teu filho morreu? meu filho também
morreu assaltando, morreu assaltado
tristeza, saudade, por todos os lados
tortura covarde, humilha e destrói
eu vejo um Bin Laden em cada favela
herói da miséria, vilão exemplar
tortura covarde, por todos os lados...
"É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã
porque se você parar pra pensar, na verdade não há"
Sou um grão de areia no olho do furacão
em meio a milhões de grãos
cada um na sua busca, cada bússola num coração
cada um lê de uma forma o mesmo ponto de interrogação
nem sempre se pode ter fé
quando o chão desaparece embaixo do seu pé
acreditando na chance de ser feliz
eterna cicatriz
eterno aprendiz das escolhas que fiz
sem amor, eu nada seria
ainda que eu falasse a língua de todas as etnias
de todas as falanges, e facções
ainda que eu gritasse o grito de todas as Legiões...
"É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã
porque se você parar pra pensar, na verdade não há"
- Gabriel Pensador
sábado, 14 de maio de 2011
Devaneios
Me vejo deixando a pretensão de Hegel e voltando a humildade de Sócrates: "Só sei que nada sei".
Descobri que sou humana. Demasiada humana. Contraditória e incoerente. Cansei de maquiar minhas mazelas. Cansei de buscar perfeição. Sou pequena, frágil, paradoxal...
Quero olhar para meu próximo e me ver tão fraca quanto ele. Quero destruir o muro que a religião construiu entre nós. Quero destruir do meu intimo o (pre)conceito de santo e profano.
Embora seja uma navegante constante no oceano do ceticismo, continuo crendo. Em quem tenho crido? Difícil dizer. Creio no amor. Creio no Deus indefinível - partindo do clichê de que definir é limitar.
Não acredito na religião. Não acredito na bíblia como sagrada. Não acredito nos homens. Não acredito em mim!
À parte isso começo enxergar vida. Não é nada claro e nítido ainda, mas todas essas imperfeições me remetem a algo Perfeito.
E é em meio a confusões e fragmentos de luz que vou seguindo. Dia após dia reconhecendo minha pequenez e, por que não, a minha dependência?!
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