Alguns mais próximos sabem da minha paixão por redação. Não gosto de estudar, e sem me orgulhar disso, confesso. Porém, algumas matérias me encantam, e não consigo me desligar delas, mesmo longe da escola. Essa é uma das razões do blog: a ''tara'' que tenho por palavras, letras, escrita...
Umas 3 semanas atrás, mais ou menos, o Danilo - meu professor de redação - pediu para que escrevessemos uma redação sobre fronteira. Geográfia ou não, tanto fazia. Comecei a pensar, pensar, pensar, e por todas as coisas que tenho vivido em minha vida pessoal - não tenho pretensão o bastante para dizer ''ministerial'' - veio em minha mente a FRONTEIRA RELIGIOSA, a pior de todas, que pode ser definida como intolerância. Segue então, abaixo, o texto que escrevi para a aula. A nota ainda não sei, mas creio que foi uma das redações mais sinceras que já escrevi.
E enquanto no Oriente Médio árabes e judeus reivindicam a terra de Israel, ao redor de cada um de nós, religiosos reivindicam a verdade sobre o que é absoluto. Evangélicos, católicos, espíritas, e todos os outros vivem em constante conflito, cada um defendendo o seu ponto de vista, a sua ideologia. Cercam-se de dogmas e barreiras, não permitindo entrar em seu território nada que fuja de suas opiniões.
Exemplificando, vemos que: espíritas criticam o fanatismo dos evangélicos, que por sua vez criticam a idolatria dos católicos, que criticam a reencarnação pregada pelos primeiros. De pequenas em pequenas divergências, constroem grandes muros, que os cercam e isolam de outras crenças e filosofias e, consequentemente, de qualquer pessoa que seja diferente.
Por culpa dessa intolerância, que não é de hoje, mas existe desde a existência de diferentes religiões, houveram algumas das grandes catástrofes, como o Holocausto Nazista e as Cruzadas, que deixaram milhões de mortos. Diante de toda essa situação, vem a grande dúvida: Em todas essas religiões, não seria a luta maior, a luta pelo amor e pela vida?
O mandamento em comum entre todas é “Amar o próximo como a ti mesmo.”, ou de forma mais aplicável, poderia ser dito “Fazer ao outro, o que desejo que façam a mim”. E existe desejo mais comum ao ser humano do que o respeito?
O apelo aos religiosos é que deixem suas muralhas caírem, e permitam que a tolerância ao outro entre. Só assim poderão viver sua própria ideologia sem haver hipocrisia.
Um abraço,
Julia Bastos - @julinhaoi
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