"Agora permanecem estas três coisas: a fé, a esperança, o amor; mas a maior de todas é o amor."
Agora. Agora permanecem estas três coisas, mas e depois? Ouso, em partes, desafiar o versículo. Ou não. Depende de sua interpretação, leitor amigo.
A ação morre. Resignamo-nos e deixamos que a vida se adapte a ela mesma, que o destino seja o senhor de nossa vida, e tudo aquilo que havia sido tomado como resolução, seja anual, diária, ou mesmo não escrita em lugar algum, deixa de ter algo as impulsionando de forma concreta. As circunstâncias nos cansam, detonam as forças, decidimos parar.
Mas ainda há fé, não? Aquela crença tão grande, absurda, irracional. Porque, vejamos bem, meus caros... se não há ação, só com fé, mesmo. ''O Senhor fará". ''O tempo dirá'', etc. Ela acaba. Combatemos o bom combate? Não mais. Completar a carreira? Menos ainda. Quem dirá então, guardar a fé.
A esperança é engraçada, pois mesmo o mais cético a tem. É realmente aquela coisa de esperar sei lá o que, seja lá o que for. Aquela expectativa muitas vezes besta, que a gente mal sabe em que! Nisso se difere da fé, ao menos eu meu olhar: sabemos no que temos fé. O que ao certo esperamos da esperança, muitas vezes não. É como o medo e a angústia.
Graças a Deus, ela morre. Sim, graças a Deus. É por culpa da esperança que muitas vezes botamos expectativas em situações inexistentes, em sentimentos que, na verdade, ninguém nunca sentiu, em projetos falidos...
Por mais que venha a ser fôlego em algum momento, em outro se torna falta de tal. E, graças a Deus, repito, MORRE.
Sobra então o amor. E o conceito é abstrato, mas a existência é concreta. Amor pelo outro, amor pela idéia... Amor ao menos por si, para ter forças de continuar aguentando esse ciclo tão peculiar. Ação, fé, esperança. Morre, desmorre, vive, desvive. Ao menos amor pela vida, pra poder continuar aguentando toda essa confusão e ciclo que renasce sempre.
Acho que é isso. E mais uma vez, só acho.
Espero que ao menos um consiga decifrar esse embolado de palavras que nem eu mesma sei se entendi rs.
Beijos!
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