Quando penso em natal me vem na mente lembranças de uma infância religiosa. Me lembro dos jograis que apresentava com o grupo de crianças no culto especial de natal, lembro dos teatros e coreografias apresentados pelo grupo de jovens, e lembro-me também do coral a qual participava cantando: "Então é nataaal..." no centro da cidade. Nostalgia pura!
Comecei a crescer e o natal começou a perder o sentido. Os cultos de fim de ano eram sempre iguais, e pra mim já haviam perdido a graça. Sabia decor todas as apresentações, e a unica coisa legal dessa data era ganhar roupas novas.
Entre tantos natais infelizes que passei por causa da religião, o do ano passado foi a unica exceção. Foi meu primeiro natal sem ter fé, sem ser cristã. Achava esse tal Jesus um babaca, e seus devotos uns ignorantes. O sentido do meu natal foi beber o máximo de cerveja que conseguisse, afinal, de que mais essa data poderia me servir?
Ao decorrer desse ano muitas mudanças aconteceram na minha vida, e conhecer esse "Jesus babaca" foi uma delas. Continuo achando o Jesus dos ignorantes um babaca, porque o que eu conheci não tem nada a ver com ele. Meu Jesus é muito incrivel, e eu amo me perder ao ler suas histórias e tentar entender o que esta por trás de cada palavra sua, é realmente encantador! Meu Jesus gera vida, meu Jesus é amor, meu Jesus é só amor. E como eu queria que todos conhecessem o Jesus que eu conheço. Ele é tão humano, Ele é tão eu, Ele é tão meu!
Por conhecer esse "Jesus libertador", o natal desse ano também não teve muito sentido para mim. Ver minha familia toda unida foi lindo, ligar a tv e ver os brinquedos que deram para crianças pobres foi emocionante... Mas ainda assim, não teve um sentido.
Meu real desejo é que o Jesus verdadeiro nasça dentro do coração de todas as pessoas. Meu real desejo é que arranquem Ele do presépio de natal e o coloquem no seu dia-a-dia. Que todo amor esbanjado em clima natalino dure o ano inteiro, que as familias sejam unidas no seu cotidiano e que as crianças pobres não sejam felizes apenas nesse dia comemorativo. Isso sim seria uma festa Cristã, "do velho e do novo, do amor como um todo".
Jaas
Como? Quer dizer que o Jesus dos ignorantes é um babaca?????
ResponderExcluirQuanta soberba de sua parte... mas não surpreende isso vindo de alguém que diz 'meu jesus é tao EU'.
Lamento pelo blog.
Ana
Nunca tinha lido algo parecido. Realmente, edificante! Amo ler o blog..vcs são bençãos! Que Deus continue usando a vida de vocês pra falar de coisas simples + que o inimigo nao permite que vejamos!
ResponderExcluirÉ... ADIV sempre gerando polemica, hahaha
ResponderExcluirQue Ele continue nos inspirando, Jasci =*
ANA,
ResponderExcluirvocê deve ser uma dessas pessoas ignorantes.
O Jesus que nos apresentam, na maioria dos lugares é tão fútil e babaca,igual ao que os apresenta.
Paulo o carinha da bíblia disse, que Cristo seja gerado em vós, até que ele seja um em vós. Ou seja Ele é tão grande em mim, tão mais eu.
"Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança" - Ele é tão eu!
ResponderExcluirO Jesus babaca a qual me refiro é aquele famoso, que todo mundo conhece pelos filmes que passam em época de páscoa/natal, ele não se compadece de suas fraquezas (a não ser que você jejue muito, ore no monte todos os dias ou ajoelhe no milho), e te é entregue como um objeto ("Aceite Jesus").
Perdão, mas pra mim esse descrito acima é... babaca?!
Tenho gostado bastante de tudo que leio no blog de vocês. Acima de o que é dito, que pode não estar sempre correto por motivos óbvios derivados da falibilidade de todo ser humano, está a forma como é dito: uma espécie de teologia rebelde no bom sentido (como a Ju disse num outro texto) e que dê ênfase à prática sob à luz do Espírito Santo.
ResponderExcluirSobre o texto em si, acho que o problema que gerou polêmica está na necessidade de explicitar melhor em que sentido você usou o termo "ignorante", Jaas.
Ignorante de que exatamente? Pode-se pensar num Jesus dos ignorantes da erudição burguesa e das teologias tão complicadas, esse Jesus poderia ser extremamente encantador, se esses ignorantes embora pudessem ser até analfabetos, vivessem o Amor na simplicidade material e intelectual. Eu entendi o sentido que você quis dar ao termo "ignorante", mas parece que a Ana não entendeu ou de forma estranha, tomou para si o rótulo de ignorante no mau sentido do termo: alguém que ignora a verdade que o Espírito Santo nos revela sobre Jesus porque não quer aceitá-la, por egoísmo. Também acho que seria legal você explicitar melhor o que quis dizer com "um Jesus tão eu", realmente soou estranho. Pareceu uma espécie da arrogância pela qual você faria Jesus ter sido ou ser o que você bem entende. Também sei que não foi isso que você quis dizer, mas foi como a Ana deve ter entendido.
Uma último comentário que eu gostaria de fazer é sobre você dizer ter sido emocionante ver crianças pobres recebendo brinquedos na TV. Realmente emociona, mas me parece que, nesse caso, nossa emoção é enganosa porque se regozija com aquilo que talvez só pareça bom.
Geralmente quem aparece na TV dando presentes a crianças pobres, pra sustentar uma boa imagem, numa atitude cínica e hipócrita, são "celebridades" extremamente ricas. Jesus nos ensinou algo muito importante sobre isso quando exaltou publicamente a oferta da viúva pobre que deu tudo que tinha envergonhando aqueles que tinham dado muito mais (porque esse muito mais era uma ínfima parcela de suas riquezas).
Há também pessoas mais pobres, humildes e muito bem intencionadas que compram presentes e entregam às crianças no Natal, mas será que essas pessoas realmente fazem bem a essas crianças pobres?
Os burgueses fabricantes de brinquedos (responsáveis pela pobreza dessas crianças por acumularem riqueza) é que devem gostar muito desse tipo de filantropia. Ao dar um presente comprado a uma criança no Natal, não estaríamos ensinando ao inconsciente dela que é através da posse de bens de consumo que vem a Felicidade? Não estaríamos tamponando o mal-estar da criança com algo que não pode fazê-la feliz de fato porque ela rapidamente deixará de gostar daquele objeto? Não deveríamos dar mais ênfase ao carinho, à proximidade, à atenção e à educação dessas crianças? Não seria muito melhor se, no Natal, todos fossem aos orfanatos e hospitais para adotar crianças carentes (amar a ponto de dar a vida), para educá-las e dar o carinho familiar, ensinar novas atividades e talvez até construir brinquedos junto com essas crianças (ensinando coisas verdadeiras, nobres e úteis)? O único problema desse tipo de filantropia é que ela destrói a riqueza dos fabricantes de brinquedos e faz os orfanatos também deixarem de existir.
Um beijo e continue convicta nesse amor que liberta de fato.
Só depois de postar o comentário, percebi que você já tinha explicado o "um Jesus tão eu", foi mal.
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