Mural de AVISOS

"A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei."


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e CLASSIFIQUE OS TEXTOS, sua opinião é de extrema importância para nós!

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Privação - expressão vs. opressão

Nas palavras do mestre: Não julgue.


Não concordar é diferente de julgar. O julgamento traz em si a condenação e privação de alguma liberdade.

No caso dos homossexuais, mais de 78 direitos negados (isso mesmo! clique aqui e veja). Independente de gênero, somos todos cidadãos. Isso significa que todos, em tese, deveríamos ter nossos direitos civis assegurados. Independente de cor, crença, raça, sexualidade e... identificação de gênero.

É desconsiderando isso que a bancada evangélica tem agido no congresso. É pegando a religião, algo tão pessoal e de cunho apolítico, e transformando em parte do estado. Da mesma forma que, coisa que criticamos tanto, em diversos países cristãos são perseguidos e até presos por praticarem sua fé (o simples fato de um fazer culto!), a massa cristã tem agido dessa forma com aqueles que não professam a mesma fé que eles. Irônico, não?!

Se não bastasse a privação do que os pertence (direitos civis) ainda existe a tal homofobia. Homossexuais, bissexuais, trans, lésbicas (...), etc. sofrem todos os dias o preconceito nas mais diversas situações. Podem ter atendimento negado, são impedido de manifestações de afeto (em locais que heteros podem manifestar-se afetivamente), perdem vagas de emprego, apanham na rua, são mortos, adolescentes sofrem bullying na escola de forma EXTREMAMENTE cruel e mais um tanto de coisas que poderiam ser citadas.

Para mudar esse quadro, foi criada a PLC122, que significa Projeto de Lei da Câmara, com a proposta de criminalizar a homofobia. Da mesma forma que você, cristão, não gosta de sofrer preconceito por sua religião, saiba que não é nada gostoso sofrer por causa de sua sexualidade.

A emenda apenas acrescentara uma pouca coisa na lei, mas muito significativa para os LGBTS e para todo aquele que luta por um mundo menos intolerante.
"Art. 1º A ementa da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, passa a vigorar com a seguinte redação: “Define os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, origem, condição de pessoa idosa ou com deficiência, gênero, sexo, orientação sexual ou identidade de gênero."

E, diferente do que bancadas pregaram para dar uma imagem ruim à lei diante do povo cristão, "§ 5º O disposto no caput deste artigo não se aplica à manifestação pacífica de pensamento decorrente de atos de fé,fundada na liberdade de consciência e de crença de que trata o inciso VI do art. 5º da Constituição Federal". Ou seja, em momento algum haverá o fim da liberdade religiosa!

Paulo diz que não devemos nos conformar com esse mundo, mas renovar nossa mente. E eu concordo. Não devemos nos conformar com um mundo preconceituoso, intolerante e cheio de ódio. E renovar nossa mente, não nos permitindo ser manipulados pelo senso-comum e opinião midiática vazia, que apenas querem reproduzir um pensamento conservador e que beneficia apenas os que já são privilegiados.

Muitos irão justificar que a homossexualidade é pecado, e deve-se lutar contra ela. Tudo bem, mas chegamos ao fim do antigo testamento, e punir alguém por seus pecados ficou para trás. A luta contra o "errado" diz respeito a cada um, e cabe unicamente à propria pessoa ponderar o que lhe é certo ou não. Se quer lutar de alguma forma, que sua luta seja em oração e amor, e não em privação. Paulo, em ICo, diz várias coisas sobre o amor. Em momento algum diz "se amar julgue, prive e escolha por quem você ama. E claro, cuide da vida afetiva-sexual de quem se ama."

Como disse um nobre deputado em seu twitter esses dias: LIBERDADE DE EXPRESSÃO (de crença, inclusive) NÃO É LIBERDADE DE OPRESSÃO!

Para não cair no senso-comum de repetir o que outros dizem sobre a PLC122, que até que é "do diabo" já ouvi, leia-a. É curta e você não vai perder mais que 3 minutos fazendo isso. Fica o link:
PLC122 - Leia e entenda!





Lembre-se: é a VOCÊ que poderiam estar privando.

Martin Niemöller, 1933 (símbolo da resistência aos nazistas)
Primeiro, os nazistas vieram buscar os comunistas, mas, como eu não era comunista, eu me calei. Depois, vieram buscar os judeus, mas, como eu não era judeu, eu não protestei. Então, vieram buscar os sindicalistas, mas, como eu não era sindicalista, eu me calei. Então, eles vieram buscar os católicos e, como eu era protestante, eu me calei. Então, quando vieram me buscar... Já não restava ninguém para protestar.

sábado, 28 de maio de 2011

Assim são as religiões...

Viviam, num país do oriente, 5 cegos que mendigavam juntos à beira de um caminho. Eram amigos em virtude de seu infortúnio comum. Todos tinham um grande desejo. Já haviam ouvido falar de um animal extraordinário, enorme, chamado elefante. Tão maravilhoso era o dito animal que muitos afirmavam que ele era divino. Mas eles, pobres cegos, nunca haviam estado com um elefante. Ah! Como gostariam de conhecer um elefante. Aconteceu, porque Alá ouviu suas preces, que um domador de elefantes foi por aquele caminho conduzindo seu animal. Foi uma festa! A criançada gritando, homens e mulheres falando. Ouvindo tal rebuliço os cegos perguntaram: " O que está acontecendo?" "Um elefante, um elefante", responderam. Eles se encheram de alegria e pediram ao domador que os deixassem tocar o elefante, já que ver não podiam. O domador parou o animal e os cegos se aproximaram. Um deles foi pela traseira, agarrou o rabo do elefante e ficou encantado. O segundo foi pelo lado, abraçou uma perna e ficou encantado. O terceiro apalpou o lado do elefante e ficou encantado. O quarto passou as mãos nas orelhas do elefante e ficou encantado. E o último segurou a tromba e ficou encantado. Ido o elefante os cegos começaram a conversar. "Quem diria que o elefante é como uma corda!", disse o primeiro. "Corda coisa nenhuma", disse o segundo. " É como uma palmeira". "Vocês estão loucos", disse o terceiro. " O elefante é como um muro muito alto." "Vocês não são só cegos dos olhos", disse o quarto. " São também cegos da cabeça. Pois é claro que o elefante é como um ventarola." " Doidos, doidos", disse o quinto. " O elefante é como uma cobra enorme..." Por mais que conversassem eles não conseguiram chegar num acordo. Começaram a brigar. Separaram-se. E cada um deles formou uma seita religiosa diferente: a seita do deus-corda, a seita do deus palmeira, a seita do deus parede, a seita do deus ventarola, a seita do deus cobra...Assim são as religiões.

Ruben Alves

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Reino de Deus?

   O "evangeliques" tem nos ensinado a propagar o Reino de Deus, a enche lo com as almas perdidas e que estão longe. Esse ensinamento tem sido o principal do cristianismo, não só o moderno, mas desde do século I d.C, mas este reino é um templo como muitos tem pregado? uma instituição? uma religião? Paulo disse uma vez que o Reino de Deus não é comida e nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo. Particularmente não sou muito fã desse autor, mas não tenho como não usar como base de minha concepção sobre o tema suas palavras. O verdadeiro reino não é aquele que anda junto com a injustiça, não prega o ódio , não se alimenta do medo de um inferno e da tristeza gerada pela culpa, o verdadeiro reino é aquele onde a discriminação não cabe, compreendendo  plenitude que existe no amor transformador, sendo a verdade reinante. A verdade dita aqui não é aquela pregada pelo ponto de vista, não é um livro de regras, uma pregação inspirada, uma música bem entoada, não é o inferno, não é um paraíso**, mas sim o caminhar junto, a paz com todos, o amar como a ti mesmo. Essa verdade é o pilar desse reino, que não é comida, que não é o dinheiro, o muito falar, o muito sofrer, esse reino, o Reino de Deus, não pertence as construções materiais, ao palpável, mas sim aquilo que pode tornar se eterno, a justiça, a paz e o amor e, é esse reinado que devemos buscar estabelecer. 

obs: ** Não estou descartando a existência de ambos, como nunca morri não sei afirmar. rs

Naor Franco

terça-feira, 17 de maio de 2011

Palavras repetidas

A Terra tá soterrada de violência
de guerra, de sofrimento, de desespero
a gente tá vendo tudo, tá vendo a gente
tá vendo, no nosso espelho, na nossa frente
tá vendo, na nossa frente, aberração
tá vendo, tá sendo visto, querendo ou não
tá vendo, no fim do túnel, escuridão...
tá vendo a nossa morte anunciada
tá vendo a nossa vida valendo nada
tô vendo, chovendo sangue no meu jardim
tá lindo o sol caindo, que nem granada
tá vindo um carro-bomba na contramão
tá vindo o suicida na direção

"É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã
porque se você parar pra pensar, na verdade não há"

A bomba tá explodindo na nossa mão
o medo tá estampado na nossa cara
o erro tá confirmado, tá tudo errado...
estupidez, um erro simplório
a bola da vez, enterro, velório
perda total, por todos os lados
do banco do ônibus ao carro importado
teu filho morreu? meu filho também
morreu assaltando, morreu assaltado
tristeza, saudade, por todos os lados
tortura covarde, humilha e destrói
eu vejo um Bin Laden em cada favela
herói da miséria, vilão exemplar
tortura covarde, por todos os lados...

"É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã
porque se você parar pra pensar, na verdade não há"

Sou um grão de areia no olho do furacão
em meio a milhões de grãos
cada um na sua busca, cada bússola num coração
cada um lê de uma forma o mesmo ponto de interrogação
nem sempre se pode ter fé
quando o chão desaparece embaixo do seu pé
acreditando na chance de ser feliz
eterna cicatriz
eterno aprendiz das escolhas que fiz
sem amor, eu nada seria
ainda que eu falasse a língua de todas as etnias
de todas as falanges, e facções
ainda que eu gritasse o grito de todas as Legiões...

"É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã
porque se você parar pra pensar, na verdade não há"


- Gabriel Pensador

sábado, 14 de maio de 2011

Devaneios

Me vejo deixando a pretensão de Hegel e voltando a humildade de Sócrates: "Só sei que nada sei".
Descobri que sou humana. Demasiada humana. Contraditória e incoerente. Cansei de maquiar minhas mazelas. Cansei de buscar perfeição. Sou pequena, frágil, paradoxal...
Quero olhar para meu próximo e me ver tão fraca quanto ele. Quero destruir o muro que a religião construiu entre nós. Quero destruir do meu intimo o (pre)conceito de santo e profano.
Embora seja uma navegante constante no oceano do ceticismo, continuo crendo. Em quem tenho crido? Difícil dizer. Creio no amor. Creio no Deus indefinível - partindo do clichê de que definir é limitar.
Não acredito na religião. Não acredito na bíblia como sagrada. Não acredito nos homens. Não acredito em mim!
À parte isso começo enxergar vida. Não é nada claro e nítido ainda, mas todas essas imperfeições me remetem a algo Perfeito.
E é em meio a confusões e fragmentos de luz que vou seguindo. Dia após dia reconhecendo minha pequenez e, por que não, a minha dependência?!

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Como é difícil pensar fora da caixa

Li esse texto do Ricardo Gondim e gostaria de fazer das dele, completamente, as minhas palavras.
Jaas

"...Pensar não é difícil. Pode ser perigoso, mas não é complicado; pode ser trabalhoso, mas não é proibido.
Prefiro correr o risco de me expor às ameaças de um grupo que me rotula como herege peçonhento a ser encabrestado por um mestre obtuso e preconceituoso. É muito mais digno ter opinião própria do que regurgitar preconceitos mal digeridos por alguém.
A religião tenta preservar-se. Para isso, cria “guantánamos”. Os “Galileus”, que ousam afirmar suas constatações, são odiados por sacerdotes até que se retratem.
Quando alguém se arrisca e pisa fora do quadrado, é caçado, como João Huss que não se conformou com as viseiras farisaicas que lhe foram dadas. Alguns, como Martin Luther King, que não se curvou ao status quo, precisam sumir.
A religião de certezas não tolera uma espiritualidade que aceite quaisquer incertezas. O fariseu precisa de sistemas herméticos para que sua opinião permaneça. Na base da certeza religiosa está a escassez de diálogo. Merecem castigo os que se abrirem à verdade que não consta nos autos de fé. Diante do dogmatismo, quem se atreve a pedir explicações ganha o exílio.
A elite eclesiástica rotula de apóstata quem tenta olhar por cima das cercas dadas. Ela acha danoso ver se há vida fora do seu pequeno catecismo. Ao religioso não interessa defender o livre pensar. Melhor criar um ambiente de ojeriza aos “rebeldes” para que se duvide o que eles afirmam antes de mesmo de ser dito.
Lamentavalmente, o problema não vem só do censor. Nem todos gostam da liberdade, alguns preferem a canga, o jugo do espírito de manada; cabisbaixos, obedecem, odeiam, rejeitam, sem questionar..."

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Bem aventurados os misericordiosos

Não consigo expressar em palavras o que ando pensando já faz algum tempo, mas me identifico constantemente com muito do que leio e gostaria de continuar compartilhando com vocês tais textos.
Jaas!

"Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia.
Este é um dos mais perfeitos ensinamentos do Senhor Jesus. É simples, direto e abrangente. (...)
Não importa o quanto você seja diferente de outro ser humano. Importa mesmo para o Pai é como você se relaciona com ele... É necessário ser cada vez mais misericordioso com qualquer um que pense diferente de você. Quem, sendo evangélico, gostaria de ser criticado por sê-lo? Quem, sendo católico, também gostaria de ouvir críticas à sua fé? Então, porque criticar espíritas e umbandistas? Será que os auto-denominados cristãos realmente não fazem nada de errado? Nada que desagrade ao Pai? E de que forma eles querem pleitear misericórdia com Deus se são incapazes de oferecer misericórdia a quem eles consideram pecadores?
O meta-apóstolo Paulo, em uma de suas mais infelizes distorções das palavras de Jesus de Nazaré, afirma: "Não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os mentirosos herdarão o reino de Deus". Enquanto o Senhor Jesus afirma claramente que para alcançar o Reino de Deus é necessário essencialmente ter misericórdia pelo próximo (entendendo o próximo como qualquer um e não apenas como aquele que pensa e age como nós), Paulo, em um rasgo de falta de misericórdia com os coríntios, lista uma infinidade de supostos vícios que, inequivocamente, deixariam as pessoas que os praticam de fora do Paraíso.
Um religioso, por padrão, realmente escapa com facilidade de alguns destes "vícios". Pelo menos teoricamente não são devassos, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem bêbados. Porém, certamente, algumas vezes incorrem no pecado de serem injustos, idólatras, avarentos, maldizentes e mentirosos. E então? Aceitariam os religiosos serem tratados por Deus com a mesma falta de misericórdia com que querem que os devassos, adúlteros, efeminados, sodomitas, ladrões e bêbados sejam tratados? Porque o discurso é sempre o mesmo: efeminados inexoravelmente irão para o inferno, idólatras também. Esquece o religioso reformista que ele mesmo é um idólatra. Idolatra a Bíblia, idolatra acidentes geográficos (como ter como sagrado o Rio Jordão apenas pelo fato do Cristo ter ali se batizado) e, por fim, idolatra o próprio Senhor Jesus como se Deus fosse, algo que o Filho do Homem jamais quis para si e sempre que podia repudiava.
Então, em vez de apontar o dedo para aquele que pensa diferente de nós e decretar desde já sua descida ao inferno, que tal experimentar ter misericórdia com ele? Que tal entender que ele é diferente de nós, aceitá-lo como é e tentarmos fazer a nossa parte, já que, nós mesmos, estamos sempre em débito com Deus?
Eu mesmo, pecador assumido, tenho muita misericórdia daqueles que preferem seguir os ensinamentos de Paulo em detrimento aos do Senhor Jesus. (...)
Que o Pai tenha misericórdia de mim, dos efeminados, dos idólatras, dos mentirosos, dos devassos, das ovelhas enganadas e até mesmo dos lobos devoradores. Perdoe-nos, Pai, pois nós não sabemos o que fazemos."

terça-feira, 19 de abril de 2011

1 ano de ADIV!

Um ano de blog. Um ano de idéias e ideologias sendo expostas pra quem quiser ler. Um ano de confusões, medos, bobagens, convicções sendo dissolvidas e outras sendo geradas. Um ano de aprendizado, de amadurecimento, de amizade, de brigas.

Nunca imaginei que um blog pudesse se tornar tão parte da minha vida quanto, despretensiosamente, o ADIV se tornou. A idéia de reunir vários jovens cristãos para perpetuar idéias de sua religião como forma de ''mostrar a vida'' foi se modificando a cada postagem, e tal mudança pode ser vista se fuçarem um pouco os arquivos do blog. Essa ideia, sim, era pretensiosa. E hoje nem existe mais. Se antes queríamos fazer com que alguém enxergasse uma suposta vida, hoje somos nós que pedimos pra que todos nos ajudem nessa incessante busca pelo que é real. Se antes queríamos provar algo através de uma pseudo sobrenaturalidade e dogmas e fundamentos vãos, hoje o que é natural nos ensinar a viver e uma existência simples porém autêntica é o nosso desejo.

Fomos incompreendidos, xingados, excomungados, rotulados. Em contrapartida, fomos aconselhados, aconselhamos, fizemos amigos e nos divertimos muito. O contato com tantos ''tipos'' de leitores tornaram-nos mais tolerantes e trouxeram muito, muito, muito aprendizado.

Por esse um ano de Enxergue Vida só tenho a agradecer. Tanto aos leitores quanto à "equipe" e todos que já fizeram parte disso, que se tornou também parte de mim.

Beijos,
Julia.

Ah... e pra comemorar, todos convidados pra tomar uma cervejinha (ou refrigerante, pinga, suco, etc) comigo, Naor e Jaas na quarta-feira. Contato através do twitter, facebook, orkut, etc. Uhul!

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Bíblia? Não, obrigada

Oi! Se você já é leitor aqui do blog, sabe que não considero a bíblia como um livro divino. Vejo como literatura, e das piores. Na liberdade que tenho por aqui, resolvi postar um texto que encontrei em um blog e que vai, de certa forma, de encontro com aquilo que penso. Caso discordem, que o façam de forma educada e sem ''pessoalidades'', e por favor, com argumentos plausíveis. Espero que os sensatos consigam ler o texto sem se exaltar e se ofender pessoalmente. Deixo claro que discordo de alguns pontos, mas grande parte do texto me agrada, por isso resolvi compartilhar.
Beijos.
A Bíblia é só um livro.
E um livro como qualquer outro, com partes ruins e partes boas. A questão é que a usam como referencia de moralidade, dizendo que são os certos por estar escrito ali, e até mesmo algumas vezes para tentar provar a existência de deus. Tentar provar a existência de deus usando a bíblia é a mesma coisa de provar a existência de Orcs usando o Senhor dos Anéis.
Separei algumas passagens bíblicas, como dizem que é um livro sagrado, acho justo mostrar também o que não se aprende nas missas/cultos.
Espero que conheçam melhor esse livro tanto dito como verdade absoluta, e como diz aquela frase:
“Se mais cristãos lessem a bíblia haveria menos cristãos”

domingo, 10 de abril de 2011

Deus e o ateu

- O que estou fazendo aqui? Sou Ateu!
- Meu filho, você está aqui porque creu! Ainda você diz que é ateu, mesmo estando aqui comigo? – pergunta Jesus com um sorriso no rosto.
- Ora, ora, ora, mais será o Benedito! Como posso estar aqui se eu morri negando a sua existência?
- Meu filho, você apenas não creu naquilo que ouviu e leu, porém, você se confessou e creu em mim com o teu coração. Você ouviu e leu diretamente de mim sem saber.
O ateu responde com um sorriso irônico...
- Acho que bebi demais...
Então Jesus continua:
- Filhote, o que você acha que eu vi em você?
- Senhor, pode parar! Não me lembro de ter me confessado nada e nem me lembro de ter oscilado em minha postura sobre tua inexistência. Pode parar! Inclusive, ainda tenho umas dúvidas se você realmente existe...
Então Jesus, manda o ateu sentar e escutar:
- Olha, como você diz que não creu sendo que você se tornou quem eu tanto ensinei? Você acha que crer é algo além do que ser o tipo de pessoa que eu ensinei? Você acha que basta receber a informação de que eu morri na cruz e fixar isso na mente de um modo como uma criança fixa o meu concorrente (“concorrente” é a conclusão dos meus amados filhos evangélicos), papai Noel, em suas imaginações?
- Jesus, eu continuo não entendendo...

segunda-feira, 28 de março de 2011

Livres? Tentando.

Admitirei. Há algum tempo já não sei mais ao certo em que acredito. Acho que soa um tanto prepotente me dizer livre-pensadora, mas a verdade é que parei de bloquear minhas idéias. Vou deixando que os contestamentos se formem como quiserem, sem que nenhuma idéia pré-definida de moralidade ''divina'' possa vir a impedir ou culpar-me por tal.
Desde então, não sei se tenho sido mais feliz. Mas, ao menos, sinto um pouco do cheiro da liberdade. Só o cheiro, mas já é um começo.

Tudo começou quando, sabe-se lá o que originou isso em mim, comecei a contestar a institucionalização da religião. Hoje vejo que isso era apenas "a ponta do iceberg". Por não crer mais nas (não) sagradas escrituras, vários contestam o motivo de eu ainda ousar falar sobre o cristianismo, Jesus, e em um ato maior ainda de pretensão transcrever apenas partes das coisas que ele disse como sendo coisas que eu vejo como reais. Explico então: como em qualquer outro livro, coletânea, antologia, teoria, (...) é possivel encontrar coisas reais e mentirosas. Assim como é possível que todo o conteúdo seja real ou uma patranha completa. Desse modo, vejo a máxima cristã "Conhecereis a verdade e ela vos libertará" como algo que vai de encontro com a realidade. Cristo foi pretensioso ao dizer que ''ninguém vem ao pai a não ser por Mim", mas acertou ao não dizer-se como um fim, e sim caminho. E o caminho apresentado foi o da verdade, justiça e amor (não o amor romântico e nem mesmo o Paulino), não podendo ser cumprido em meio a sofismas religiosos.

Isso é apenas um convite para despirmo-nos do apego pelo falso e entramos em uma busca pelo que é verdadeiro. Se é possível cumprir a finalidade, não sei. Mas não tentar é que é errado.
Peço desculpas, sim, mais uma vez, pelo emaranhado de frases soltas. Isso não é uma tese, dissertação ou monografia, e estou aberta a conversas sobre o assunto, contanto que não venham tentando me evangelizar ao dogmatismo.

Um beijo, e tenham paciência com minhas bobagens.
Julia

PS: Talvez o texto de diferentes autores entre em contradição, mas lembrem-se que esse não é um blog de pensamento singular, exatamente por sermos tolerantes à diferentes ideias.

domingo, 27 de março de 2011

Livres

  Acredito ser muito fácil a confusão entre liberdade e libertinagem e, desde já quero deixar claro que falo aqui sobre LIBERDADE, pois sei que este assunto é de difícil compreensão para algumas mentes.

  Sereis livres se a verdade conhecer ( parafraseando Jesus), este versículo é muito conhecido e usado em ministrações de libertação( nada contra), mas quero analisar aqui outra interpretação, primeiro, " Qual a verdade?", segundo, "Que liberdade?". Creio como verdade aquela que foi manifesta, o AMOR, não simples sentimento, mas sim a pessoa do AMOR, o VERBO, a sua expressão exata e, é este amor que então nos faz ser livres. A liberdade que provém deste amor não traz em si o peso da culpa, mas sim o Arrependimento (mudança de rumo), ou seja, quando conhecemos e buscamos vive lo, nos arrependemos, saindo do caminho da opressão, do medo, da mentira, da amargura, sendo livre de tudo aquilo que destrói  a maior essência de Deus, a vida, vida esta que Ele soprou em nós.
  Ao afirmar que a vida é a maior essência do Pai, faço por que creio que todo amor provém da vida dEle, esse amor foi manifesto gerando vida em nós e, deve evoluir gerando a VIDA dEle em nós. Seguindo este raciocínio (que espero estar claro) devemos viver em plena liberdade sabendo que a vida flui em nós da parte de Cristo, não tendo espaço para o medo, pois um dia foi escrito que o "verdadeiro amor lança fora todo medo". Compreendendo isto devemos sair da tumba da religião, do preconceito, do ódio, vivendo realmente o significado da palavra igreja ( eclesia= chamados para fora), não temendo mais o pecado, mas sim não fazer dele parte de nossa vida, pois o pecado nada mais é do que errar o alvo e, se o alvo é viver em amor que é a verdade que nos faz livre, então não há porque ter medo dele, mas sim vivenciar a liberdade que um dia nos foi concedida através da manifestação de Cristo (em essência AMOR)  nesta Terra.

Abraços, Naor.



Conselhos? Orações? Ajuda? Mande-nos um email: enxerguevida@hotmail.com

sexta-feira, 18 de março de 2011

Carta (quase) aberta

Tempos atrás mandei uma ''carta'' à um amigo muito especial, compartilhando um momento que eu estava passando. Hoje, creio que possa ser de utilidade também à outros e portanto, irei expô-la. Espero que possa ajudar alguém que, por ventura, esteja passando (ou pode vir a passar) por algo parecido. Até mais! =)

Faz tanto tempo que não faço isso, sabe... escrever à alguém sobre Deus! Mas todos os dias eu cumpro alguma resolução, e a de hoje foi essa: escrever à alguém sobre Deus. Fiquei pensando em alguém com quem eu pudesse desabafar sobre o que tem acontecido, o que eu tenho vivido com esse Ser tão inexplicável e que ao mesmo tempo, fosse ter um valor pra tal pessoa. Adivinha quem me veio em mente? Sim, você. Alguém que eu confio o bastante e ao mesmo tempo sei que terá a leitura dessas palavras como alimento tanto quanto para mim o são escrevê-las.

Sabe... durante tanto tempo eu usei os óculos da religião e tentei enxergar o mundo através deles. E eu até ''conseguia''. Mas sabe qual era o problema? Esses óculos estavam ajustados além da minha miopia em relação à realidade. Você também tem problemas na visão, como eu, e sabe: se você usa 3 graus e tentar colocar um óculos de 3.5, até vai conseguir ver as coisas, mas de maneira um pouco desfocada e logo vai ter dores fortes de cabeça. Foi, então, o que aconteceu comigo. A dor começou a aumentar cada vez mais, até o momento de se tornar insuportável.
Resolvi tirar os óculos, e no começo foi estranho... eu não conseguia ver absolutamente NADA. Estava tudo tão MAIS desfocado, eu só quase via sombras e luzes e sentia gestos e ouvia ações, mas nada que eu pudesse enxergar de forma nítida. Ao menos a dor havia passado, não é mesmo? Claro, não completamente, pois, em vão, eu insistia em ''forçar a vista'' para tentar identificar as coisas, e você deve me entender, isso começa a se tornar bem incômodo. Imagine só: uma MÍOPE, sem óculos, tentando enxergar a vida. Triste ou cômico? Acho que, na verdade, lamentável. Afinal, Deus se compadeceu tanto dessa minha miséria que me deu um par de lentes de contato com meu exato grau! Eu não sei cuidar muito bem delas, entao por causa disso, algumas coisas ainda ficam desfocadas dependendo do dia. Dá maior trabalho limpá-las, colocá-las, conservá-las... mas vale a pena, né? Não dão dor de cabeça, e mesmo com alguns pequenos desfoques, ainda é bem melhor que um óculos!

Olha só que coisa! Eu comecei a enxergar coisas que eu nem imaginava que existiam... As sombras que eu via eram, na verdade, pessoas. E agora, com toda essa nitidez, eu podia enxergar nas pupilas de cada uma um pouco de Jesus. Um pouco de amor, fé, paixão, paz. Inclusive, um dia ele virou pra mim e disse: Você ficou tanto esperando minha volta mas, bem, eu nunca fui embora. Estou aqui, em cada um desses.
Foi a coisa mais fantástica que me aconteceu. E eu clamo todos os dias pra que isso se concretize na sua vida, como eu sei que já tem acontecido. Se Deus arrancou seus óculos, agradeça, a dor-de-cabeça irá embora se você parar de tentar forçar a vista. Se mais que isso, ele te deu as lentes, cuide delas melhor do que eu cuido das minhas, e passe a reparar em todos os detalhes que agora você consegue ver, principalmente as pupilas dos olhos de cada um: é nelas que se encontra Jesus.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Pecado

O monstro dos cristãos é o pecado. Em sua cabeceira mental há uma listinha de coisas que "podem e não podem" serem feitas, basicamente (e indiretamente) suas vidas giram em torno disso.
Procurei diversas vezes uma definição de pecado e dentre tantas alternativas a mais coerente foi: "Pecado é tudo aquilo que Jesus não faria".
Ao analisar o Jesus histórico que é narrado detalhadamente nos evangelhos pode-se afirmar que todas suas atitudes foram voltadas para o próximo. Seus olhos estavam sempre focados nos outros ao invés de em si mesmo, ele se importava de verdade com quem cada uma daquelas pessoas eram e o que ele poderia dar de verdade à elas. Ele foi traído por Judas e não se vingou, antes o beijou na face. Ele tinha em mãos poder para apedrejar a mulher adultera e não fez, antes se igualou a ela: "nem eu tampouco te condeno"
Belo Jesus!!! E pecado é tudo que ele não faria...
Pecado é manter meus olhos fixados em mim me preocupando com "o que é pecado" enquanto poderia estar com eles fixados na preocupação do outro. Pecado é manter meus olhos fixados em mim me preocupando com "eu estou pecando" enquanto poderia estar com eles fixados na preocupação do outro. Pecado é manter meus olhos fixados em mim...
Pecado é não dar a outra face, não dar de comer a quem tiver fome, não dar de beber a quem tiver sede, não amar os meus inimigos, não amar o meu próximo como a mim mesmo... Pecado é tudo aquilo que Jesus não faria!

"Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo;
Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me;
Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me.
Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber?
E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos?
E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te?
E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes."


Jaas

terça-feira, 15 de março de 2011

Em defesa de Tomé.

  Sempre ouvimos/lemos ministrações, devocionais criticando a pessoa de Tomé (discípulo de Jesus), mas hoje resolvi ousar e, vou defende lo.
   É  de praxe falar sobre a fé, como devemos ter fé, caminhando e vivendo com ela, inabaláveis, crendo e depois vendo e, por ai vai, mas algo sempre ficou no meu coração, uma dúvida, "e as pessoas que são 'deficientes na fé'? Querem, mas não conseguem crer, ou até desistiram de tentar, qual será seu fim? "
   Vamos  observar Tomé, para obtermos a resposta. Este discípulo de Jesus viveu e conviveu com a pessoa do mestre, viu suas obras e a manifestação do seu amor e poder, mas mesmo assim duvidou da ressurreição dele, então podemos analisar em Tomé uma "deficiência" em sua fé, não foi por falta de ver e de ouvir que ele duvidou, mas porque não conseguia crer. Então chega o momento da ressurreição e todos contemplam o mestre amado, menos Tomé, então sua "deficiência" se manifesta em uma unica palavra "duvido", pronto foi o suficiente para ele virar o segundo mais odiado dos discípulos (o primeiro é Judas), mas  é nisto que entra a questão deste  texto, o "duvido" não parou por ai, mas foi acompanhando pela a manifestação do Amor e Graça de Jesus, o discípulo então incrédulo tocou em Jesus, tocou nas feridas que trouxeram a redenção de todos e, naquele momento ele também foi redimido.
   Todos lembram da incredulidade de Tomé, mas ninguém atenta para o fato dele ter tocado nas mãos do Cristo, ninguém atenta para fato de a maneira de Jesus faze lo crer não foi o enchendo de palavras, mas sim o fazendo sentir suas feridas. Hoje as coisas não mudaram, não será por muito falar, por encher o cérebro de alguém com a " verdade", mas é sim pela graça de Deus ( que Ele manifesta como quiser ), pelo amor de Jesus, que não julga, mas confronta e transforma. Nós devemos manifestar este amor com mais ações e menos palavras, as fazendo senti lo, pois as pessoas já estão cansadas de ouvi lo.


Abraços Naor.


Conselhos? Orações? Ajuda? Mande-nos um email: enxerguevida@hotmail.com

segunda-feira, 14 de março de 2011

Pessoas e teorias: aprendendo a diferenciar

Amados leitores, hoje vim fazer um pequeno relato. Antes disso, gostaria de deixar apenas uma frase bem simples de ser entendida: quando você expõe uma teoria e alguém discorda, não se deve apelar para o lado pessoal. Idéias são apenas idéias, teorias apenas teorias e se refuta as mesmas usando recursos ARGUMENTATIVOS e LÓGICA. 
Agora, entenderão melhor sobre o que estou falando...
Intolerância. Sentimento bastante presente nas rodas "cristãs". A desculpa de ''ouvir a voz de Deus'' faz com que uma idéia, mesmo que rasa, seja levada como verdade sem ao menos ser analisada. E ''ai'' de quem ousar contestar.
Herege.
Rebelde
Vazio.
Carente.
Revoltado.


Variados adjetivos são encontrados para designar aqueles que não aceitam textos e palavras bonitas, e simplesmente isso, como algo real. Discordar da teoria é arranjar briga com ''a pessoa''. Cristãos estão sendo educados por seus mestres, pastores e toda sorte de titularidades a confundir as duas coisas. Por isso, vê-se tanto preconceito para com aqueles que discordam de uma tese. Nisso, um bom exemplo que temos é a enorme discriminação que existe da parte dos religiosos para com os céticos, simplesmente por quererem debater as idéias.

Gostaria, então, de expor uma situação que me aconteceu por esses tempos. Não gosto, e já disse isso, de usar esse blog como um diário, mas algumas coisas são bastante ''divertidas'' e faço questão que seja do conhecimento de outros.
Dia desses coloquei o link desse blog no meu facebook PESSOAL, e eis que um ''pastor'' colocou o link do seu como resposta, e quando cliquei a postagem era sobre ''graça barata''. Argumentei, comentando que GRAÇA designa algo sem preço, e quando se diz ''barata'', fica subentendido que há um preço. Por isso, era contraditória a idéia de graça barata.

Eis que recebi a seguinte fala como resposta:


Postei em meu twitter sobre o acontecido e logo houve alguma repercussão. Eis que, novamente, recebi uma resposta:


O que penso sobre o assunto poderão ver no meu próprio comentário sobre a imagem. Deixo claro que não gosto de ''pessoalidades'' quando se trata dessas coisas, mas por ser uma situação a qual é possível generalizar, levando em conta o enorme número de casos do tipo, uso tal acontecimento apenas para exemplificação.
Talvez assim se torne mais fácil para alguns entenderem o motivo de eu abominar o fundamentalismo. É ele que faz com que confundam PESSOAS e TEORIAS na hora de uma discussão onde isso não importa.

Até mais!

Julia

Ps: Link da tal postagem da graça barata: http://escondidosnanuvem.blogspot.com/2011/03/graca-barata.html

Como podem ver, meu comentário lá, além de tudo, não foi publicado. Assim fica fácil entender porque a maioria dos céticos tem a imagem do cristão como alguém intolerante.
''O que você tem de idade é o tempo que eu estudo a biblia.'' Opa, 15 anos de bíblia e nao aprendeu a unica lição de fato importante: amor e tolerância.

E sim, tudo isso foi apenas por eu ter discordado da tal postagem. Difícil acreditar, não?

sábado, 12 de março de 2011

O Último Cristão

Escândalo. Insensatez. Vergonha. 
Os primeiros caras a divulgar e propor o cristianismo ao mundo tem o mérito adicional de terem escolhido muito bem as palavras. Segundo o enfezado apóstolo Paulo, apegar-se à singularidade de um sujeito mortalmente pregado à cruz e inteiramente despregado das prioridades usuais do mundo é para o observador isento de fato escândalo, insensatez e vergonha – e nem teria como ser diferente.
É insensatez porque tanto a doutrina quanto o precedente de vida (e morte) do fundador ensinam que o sucesso se obtém no mais inequívoco fracasso e a grandeza na mais abjeta humilhação; é escândalo porque ele sustenta que a alma é sólida e a matéria rala, e que não faz portanto sentido o sujeito adquirir o mundo inteiro e ver a vida escorrer, sem consistência, na peneira final; é vergonha porque para beneficiar-se do pacote a pessoa tem de pagar o mico de reconhecer-se não melhor do que ninguém.
Ser cristão requer-se ver-se incessantemente no outro: olhar para fora de si mesmo e ver Deus pregado na cruz e o cachaceiro derrubado na rua e sacar que de alguma forma misteriosa você é agora eles; que a tragédia de um é a tragédia de todos, e entrou em ação um mistério tremendo de relacionamento, de favores devidos e de identidade; que o único jeito decente de viver é baixar a bola e salvar o que der da dignidade dos outros de forma a salvaguardar algo da sua. E da de Deus.
Essa percepção de uma glória pessoal que se esconde sob o manto da tragédia compartilhada (“ninguém tem amor maior do que dar a vida pelos seus amigos”, nas palavras de Jesus) foi, naturalmente, perdida ao longo dos séculos do cristianismo institucional.
Escândalo, insensatez e vergonha foram devidamente sanitizados em prosperidade, ortodoxia e sucesso. A empatia e a preocupação generosa com o outro secaram-se em glorificação dos apetites de cada um.
Insensato é agora o cristão que não exige do Patrocinador sucesso financeiro, realização profissional, saúde, assistência dentária e tratamento de beleza. Pelos critérios de Jesus, para quem os menores é que são grandes e os humildes os verdadeiramente gloriosos, o cristianismo evangélico contemporâneo atira no próprio pé na ilusão de que está mirando nas alturas.
O evangelho revisto e atualizado rende-se à lógica inescapável do anúncio de página dupla: bem aventurados os ricos, os saudáveis, os espertos, os bonitos, os inteligentes e os bem-sucedidos, porque são invejados por todos. Porque deles é a chave do modelo 2007 e o controle remoto do Sound System. Porque estão fazendo MBA. Porque tomam leite desnatado sem camisa olhando de sua janela envidraçada para uma praia deserta.
Quero adicionar portanto aos meus 10 motivos para não ser cristão este: ser cristão requer carregar nas costas dois milênios da má reputação de um cristianismo tosco, incompetente, incompleto e com demasiada freqüência nocivo. O ensino de Jesus só permanece novo porque nunca foi tentado. Nos últimos mil e oitocentos anos, pelo que sabemos, esteve longe de ser colocado em prática com esse nome.
Esqueça as revelações do Evangelho de Judas: são as páginas de Mateus, Marcos, Lucas e João que contém material inédito. São elas que dão testemunho perturbador de uma radiante insensatez que não temos coragem de cometer, porque requeriria tudo de nós – o que é, naturalmente, insensato dar e pedir. Como o narrador de Borges, preferimos honrar um exemplo virtuoso com palavras a reconhecer que somos por demais covardes para nos rebaixarmos à glória.
Melhor seria portanto não manchar a reputação irretocável de Cristo com o nome de cristão. Ele merece esse nosso sacrifício. Você deveria talvez fazer como meu amigo inglês Julian, que é espiritual sem ser religioso; que confessa-se cristão platônico e assume em todo momento a conduta de Cristo. Ou como o Farah, que está praticamente muçulmano, tem a alma inesgotavelmente rica e o coração generoso e dá testemunho da graça. Como Gandhi, que recusou austeramente a etiqueta de cristão e levou terrivelmente a sério (e às últimas conseqüências) as palavras de Jesus.
Está na hora de resgatar o escândalo, a insensatez e a vergonha que foram desde o princípio associados ao cristianismo. Uma deliberada e silenciosa desconversão em massa, pensando bem, talvez trouxesse finalmente toda a glória que o ensino, o exemplo e a obra de Jesus desconheceram nos últimos milênios. Permaneceríamos cristãos em segredo, a portas fechadas, lutando consistentemente, em absoluto sigilo e completa dedicação, pelo Nome que não ousamos macular ou pronunciar. No fracasso institucional e na crucificação ideológica do cristianismo talvez estejam a semente da sua ressurreição. "O último cristão pode muito bem ser o primeiro!"

Por Paulo Brabo Purim
Fonte: Cristianismo Hedonista
(Já havia postado esse texto, mas sem usar recursos como o negrito para destacar seu conteúdo, e por ser extenso, creio eu ter passado despercebido. Portanto, aí esta ele novamente!)

quinta-feira, 3 de março de 2011

Vives tu, deus, a vida?

E assim, conquanto cada qual se esforce
além das próprias forças,
como no cárcere que o detesta e o detém,
há no mundo uma grande maravilha.

Sinto: toda vida há de ser vivida...
Quem é que a está vivendo, então? As coisas
que, como música jamais tocada,
na tarde ficam como numa harpa??

Serão os ventos a soprar das águas?
Serão os ramos a tocar os acenos?
Serão as flores a tecer perfumes?
As largas aléias envelhecendo?

Serão os animais quentes a andar?
Os pássaros estranhos a esvoaçar?
Quem há de ser? Vives tu, deus, a vida?


Rilke - O Livro de horas

terça-feira, 1 de março de 2011

Até quando?

"Não adianta olhar pro céu com muita fé e pouca luta
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer e muita greve
Você pode e você deve, pode crer
Não adianta olhar pro chão, virar a cara pra não ver
Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus sofreu
Num quer dizer que você tenha que sofrer

Até quando você vai ficar usando rédea
Rindo da própria tragédia?
Até quando você vai ficar usando rédea
Pobre, rico ou classe média?
Até quando você vai levar cascudo mudo?
Muda, muda essa postura
Até quando você vai ficando mudo?
Muda que o medo é um modo de fazer censura

(...)
A programação existe pra manter você na frente
Na frente da TV, que é pra te entreter
Que pra você não ver que programado é você

(...)


Até quando você vai levando?
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando ?
Até quando vai ser saco de pancada? 

Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente
A gente muda o mundo na mudança da mente
E quando a mente muda a gente anda pra frente
E quando a gente manda ninguém manda na gente
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura
Na mudança de postura a gente fica mais seguro
Na mudança do presente a gente molda o futuro"

Gabriel O Pensador.


E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela
renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a
boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.

ROMANOS 12:2



sábado, 26 de fevereiro de 2011

a dor cética

Falam que o caminho cristão é estreito e blá blá blá. Pra variar, discordo. O caminho do ceticismo é bem mais complicado. Antes que me acusem de louca, faço minha defesa:
É difícil fazer alguma cagada e não ter um ser superior a quem recorrer.
É duro não ter aquela esperança idiota de que algum modo as coisas vão se resolver sem que você mova uma palha sequer.
É duro não ter a certeza de que existe uma ''pessoa de Deus'' especialmente designada à você.
É muito, muito difícil não crer que "Deus está escrevendo sua história".
Não é confortável viver sem um bode expiatório moral. Viver sem um psicólogo invisível disponível 24h.

Alguns irão argumentar que o que crê em Deus tem deveres morais diante dEle, e que é muito complicado isso. Mas eu digo que ter deveres morais consigo próprio e com os outros é muito mais complicado. O tal Deus, por mais que quando se trata dos outros o idealizemos como um algoz terrível, quando se trata de si próprio é na maioria das vezes visto como o Pai Bondoso e Perdoador. E o Bondade em Essência tudo perdoa, mas os outros não, o ''eu'' não.

Por isso, meus amigos, um apelo somente: Que a descrença alheia não seja tratada como ''escárnio, falta de vergonha na cara, coisa de mal caráter, querer ter uma vidinha fácil e imoral".
Não é assim que as coisas funcionam. Não falo aqui como uma atéia, cética ou mesmo agnóstica, e sim apenas como alguém que tem seus momentos de descrença. Tão amorosos cristãos, sejam um abraço acolhedor e perdoador aos que sentem dor sem ter uma ''tábua da salvação moral'' como ''bode expiatório", como vocês costumam ter.

Beijos, Julia.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

a esperança é a ultima que morre

"Agora permanecem estas três coisas: a , a esperança, o amor; mas a maior de todas é o amor."

Agora. Agora permanecem estas três coisas, mas e depois? Ouso, em partes, desafiar o versículo. Ou não. Depende de sua interpretação, leitor amigo.
A ação morre. Resignamo-nos e deixamos que a vida se adapte a ela mesma, que o destino seja o senhor de nossa vida, e tudo aquilo que havia sido tomado como resolução, seja anual, diária, ou mesmo não escrita em lugar algum, deixa de ter algo as impulsionando de forma concreta. As circunstâncias nos cansam, detonam as forças, decidimos parar. 
Mas ainda há fé, não? Aquela crença tão grande, absurda, irracional. Porque, vejamos bem, meus caros... se não há ação, só com fé, mesmo. ''O Senhor fará". ''O tempo dirá'', etc. Ela acaba. Combatemos o bom combate? Não mais. Completar a carreira? Menos ainda. Quem dirá então, guardar a fé.

A esperança é engraçada, pois mesmo o mais cético a tem. É realmente aquela coisa de esperar sei lá o que, seja lá o que for. Aquela expectativa muitas vezes besta, que a gente mal sabe em que! Nisso se difere da fé, ao menos eu meu olhar: sabemos no que temos fé. O que ao certo esperamos da esperança, muitas vezes não. É como o medo e a angústia.
Graças a Deus, ela morre. Sim, graças a Deus. É por culpa da esperança que muitas vezes botamos expectativas em situações inexistentes, em sentimentos que, na verdade, ninguém nunca sentiu, em projetos falidos...
Por mais que venha a ser fôlego em algum momento, em outro se torna falta de tal. E, graças a Deus, repito, MORRE.

Sobra então o amor. E o conceito é abstrato, mas a existência é concreta. Amor pelo outro, amor pela idéia... Amor ao menos por si, para ter forças de continuar aguentando esse ciclo tão peculiar. Ação, fé, esperança. Morre, desmorre, vive, desvive. Ao menos amor pela vida, pra poder continuar aguentando toda essa confusão e ciclo que renasce sempre.

Acho que é isso. E mais uma vez, só acho.
Espero que ao menos um consiga decifrar esse embolado de palavras que nem eu mesma sei se entendi rs.
Beijos!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

a cantiga de deus

a cantiga de deus

Querem extirpar meu clitóris
Arrancar meu prazer:
"Menina, não chore.
Prometemos, não vai doer."

Querem sumir com a liberdade
Me colocando medo.
Dizem "pecado é a vaidade,
Se converta enquanto é cedo."

Querem me condenar ao inferno
Censurando o que digo.
Falam "esteja aqui, mais perto,
Prometemos ser amigos."

Mas um dia veio deus
Entoando uma cantiga,
Disse "Não tema os fariseus,
Vá viver a sua vida."

domingo, 20 de fevereiro de 2011

O paradoxo de Deus

Jesus nada provou. Apenas se revelou como o óbvio para os que crêem com ou sem informação histórica. Veracidade da informação esta, discutível ou não.

O paradoxo de Deus é ser real, sem existir.
O paradoxo de Cristo é ser o reconciliador da história da existência antes dela irromper.
O paradoxo de Jesus é deixar-se existir, tornando-se insuficiente na existência como o ‘Deus que existe’ mesmo a despeito do seu reconhecimento histórico.


O que faz Deus ser real a percepção humana independe do reconhecimento histórico e da veracidade da informação.
Quem vê Deus, não o viu; tornou-se como ele. Deus pode ser mais real num bom ateu do que num mau crente.

Difícil de entender? E quem disse que era para ser fácil?
Quem disse que deveríamos ver para crer, entender para saber?
Eu creio em Deus.

‘Eu sei Deus’.
Queremos ver e entender para departamentalizar.

Muitos ‘perseguidores’ de Deus se sentarão a ‘Grande Mesa’ porque sempre creram e ocuparão os lugares de muitos evangélicos, por exemplo, que pensaram que creram.
Se os cristãos desistissem de 'provar Deus', o encontraria em pessoas diferentes, culturas diferentes, lugares diferentes.
Se os cristãos desistissem de 'provar Deus', muitas pessoas o encontraria em Jesus Cristo.


A demografia dos filhos de Deus seria reconhecida numa espécie de Pangéia da existência, sem fronteira, sem tantos confrontadores entre si, sem tanta rivalidade e sem tantos grupinhos ordinários feitos em séries.
Quem crê em Deus, crê independente de saber que crê. Se eu fico sabendo, bem aventurado sou, logo, digo: eu creio!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Mas que estranho!

O ''cristianismo'' nos afirma que há um homem invisível, que vive no céu e vigia tudo o que fazemos, o tempo todo. O homem invisível tem uma lista de 10 coisas que ele não quer que a gente faça. Se você fizer qualquer uma dessas coisas, o homem invisível tem um lugar especial, cheio de fogo, fumaça, sofrimento, tortura e angústia onde ele vai lhe mandar viver, queimando, sofrendo, sufocando, gritando e chorando para todo o sempre. Mas ele ama você! (George Carlin)

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Memórias.

Se tem uma coisa que me intriga, são histórias. Começo a ler Madame Bovary e sou tomada de uma inquietação que mal pode ser descrita. Capitães da Areia me tira o fôlego. Fernão Capelo Gaivota me leva a sonhar. Todos mentira. Não que as lições e enredo não possam, de forma ou outra, se concretizar de forma real. Mas foram coisas que, de fato, não existiram. E não é esse o tipo de história que gerou em mim tanto intrigamento.
Segunda semana de aula. Matéria: ''História Geral - História Moderna". Um dos temas abordados, mesmo que sem a mínima profundidade naquele momento, foram as reformas religiosas. Tão estranho pensar em todos esses engenhosos acontecimentos, de fato, existindo. Imaginar Lutero e todos aqueles escritos colados na porta de uma igreja. Imaginar, imaginar, imaginar. E saber que aconteceu. É engraçado começar a puxar a linha disso tudo, começando pelo fim, e tentar organizar os fatos de forma a tentar descobrir de que forma isso influencia o recente, atual, hoje.
Ainda inspirada pelas reformas, comecei a lembrar das mais recentes. A re-reforma em mim. Lembrei-me de Gondim, Rubem Alves, Caio Fábio, Thiago Sousa Lima, Diogo Romim e tantos outros que talvez não tenham reformado uma história toda, mas que, de forma ou outra, reformaram a minha história. Talvez tenham sido influenciados por aqueles que, outrora, mudaram tanto. Do pouco, ao muito. Quem sabe?
Histórias me intrigam. Todas se ligam, de forma ou outra. E isso é tão intrigante. Já contei que histórias me intrigam? O Nazareno me intriga. Afinal, ele também mudou algo. Na historia e em nós. Ou não?

Why tão confusa, Julia? rs

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Pobre deus

Tão humano e tão deus. Humano em tudo que era, e deus apenas em amor. O mesmo Jesus que abominara a sugestão de Judas de vender o precioso elixir, que uma maria derramava em seus pés, para dar o dinheiro aos pobres era o mesmo que atentava a estes. O mesmo que mandava o homem rico vender tudo que tinha e doar a eles, os necessitados.

O Jesus que chamara de ''cachorrinho'' uma mulher que o procurara, e que só atendeu o pedido dela quando se disse ''digna apenas de migalhas'' é o mesmo que pregava a igualdade, amor aos gentios, fim da separação de judeus e gentios.

O Jesus que teve sede e o Cristo que disse que ''O que tenha sede venha a mim e beba!". Tanto chorou e no entanto enxugou tantas lágrimas. Sentiu-se cansado algumas vezes, mas dizia ser descanso.

Tão humano, tão deus. Meu Jesus. Tão pobre homem, tão amavél divindade.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Angústia

Talvez esse seja, afinal, um post de auto-ajuda. Porque eu mesma não tenho como te ajudar. Talvez seja também um desabafo, mas creio que em todas as situações que vivenciamos tiramos alguma lição não só para nós mesmos, mas também para poder ensinar algo a outro. E não serve de ajuda, na maioria das vezes, mas talvez sirva como consolo. Paradoxal todas essas ultimas frases, eu sei, eu sei.


Queria escrever um pouco sobre a angústia, mas é difícil. Nunca fui muito boa em filosofar, e nem ao menos sei usar a lógica. De tudo que tenho vivi

domingo, 30 de janeiro de 2011

E disse Jesus...

E disse Jesus:
"Meus apóstolos, quero que vocês saiam pelo mundo dizendo para as pessoas que eu morri por aqueles que aceitarem a minha religião e cumprirem as regras. E não esqueça de dizer que quem não aceitar vai ser assado vivo no inferno de fogo.

Desejo que vocês montem um livro juntando as escrituras judaicas e textos que vocês escreverem. A partir desse manual de conduta e fé, quero que montem uma instituição.
Quero que vocês juntem as pessoas que aceitarem ser da minha religião, e com o dinheiro que elas doarem, construam templos para servirem de sede da minha instituição.

Quando os templos estiverem prontos, quero que vocês realizem reuniões animadas e com música e cantores, com muitos testemunhos, sermões e ritos. Eu ajudarei vocês, enviando o espírito santo para derrubar as pessoas e faze-las falar palavras sem nexo.

Com o dinheiro dos dízimos, das ofertas, dos propósitos, da ajuda às missões, das excursões, das festas, da venda de produtos literários, videográficos e sonoros, e da renda da cantina, quero que vocês aumentem o tamanho do templo cada vez mais, para que as pessoas achem que dentro desses luxuosos templos estão na minha casa.

Dou o direito de que os comandantes dessas instituições sejam chamados Homens de Deus, e que conquistem poder político através do voto das nossas ovelhas.
Com esse poder político, quero que consigam concessões de radio e tevê, e através desses meios de comunicação, divulguem minha religião até que a maioria das pessoas tenham me aceitado.

E depois que o mundo estiver sob o nosso controle, eu voltarei e mandarei para o inferno os poucos que estiverem desviados da minha religião, e aí sim, meu trabalho estará completo ,os meus religiosos estarão felizes eternamente e os que não quizeram se converter estarão queimando eternamente.Isso é que é o mundo de Deus, o mundo perfeito!
Estará consumado!"

Romim Diogo

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Deus, onde estás?

Não é uma das coisas que eu mais gosto de fazer, mas hoje resolvi compartilhar uma música com vocês. Essa canção consegue perturbar meu coração mais do que qualquer uma das ''ungidas''. Nem tanto pela melodia - apesar desta ser incrível - e sim pela letra, vale a pena escutar prestando atenção em cada palavra.

Espero que gostem. Até mais!
Julia

Deus, onde estás? - Palavrantiga



Para ler a letra, clique abaixo:

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O desgraçado Jesus

Sujo, o desgraçado Jesus é sujo; é feio; ele fede. Hálito que molesta os odores e faz olhos lacrimejarem. O desgraçado Jesus é impuro, é amigo de imundos e contamina o límpido com qualquer toque.
Porém, o desgraçado Jesus é bom; generoso.
O desgraçado Jesus é aquele que, mesmo debaixo dos escombros, dá a própria saliva para aliviar a sede de seu filho.
O desgraçado Jesus é aquele que deixa a sua família morta para trás por um instante, entra no helicóptero da polícia e segue indicando atalhos, becos e recônditos não-mapeados a fim de encontrar sinal de vida. Depois volta e chora sobre os seus mortos.
O desgraçado Jesus abre sua casa para qualquer um e se põe de vigília fora de casa para que a grande pedra não se desprenda do topo do morro e destroce a casa.
A desgraça do homem é a graça de Deus.
***
Inspirado em Mateus 25:34-40 e a tragédia na região serrana do Rio de Janeiro em jan/2011.
Mateus 25:34-40 não diz outra coisa que não seja isso.
O que diz outra coisa, bem, você lida com isso todos os dias e finge que a fala é a mesma.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

''De acordo com a lei de seu coração"

Ontem aqui no blog a Jaas resolveu postar algo sobre Cristo ser relativo. Talvez as palavras usadas tenham sido um tanto confusas, e como eu por tantas vezes, ela pode ter se perdido em meio a idéias, devaneios, fé e razão. As palavras se tornam um aglomerado de coisas sem sentido nesses momentos.

Por estar passando por momentos tão parecidos ao dela, creio que captei a essência da mensagem que ela trouxe através da postagem de ontem. A questão não é Cristo ser relativo com a verdade, a verdade ser duas, a verdade surgir da mentira e coisas do tipo, e sim o fato de que Deus nos olha de acordo com a nossa fé e de acordo com aquilo que CONSEGUIMOS crer (e estou falando de fé e crença, e não de fatos argumentativos, afinal, quanto a eles...).

Vou tentar explicar melhor: Esses dias eu estava a conversar com um amigo de tempos, que acabou também se tornando um ''cético cristão'', e ele disse a mim que luta não só para que cristão saiam desse misticismo hipócrita, mas que espiritas, umbandistas, e toda a sorte de religiões também larguem. Eu não, não luto por isso. Sim, obviamente gostaria que isso acontecesse, mas penso que isso é algo que faz parte da fé e crença deles, é o que aprenderam e é o que os foi revelado. É importante que vivam de acordo com isso: o que crêem. Fazem isso crendo ser o certo, crendo ser o bom, crendo ser o que os levará a algo melhor (não incluo líderes religiosos nessa listinha, ok?). Se forem hipócritas DE ACORDO COM O QUE ACREDITAM, aí sim o erro começa.

O cristão crê em Cristo, e é hipócrita se sua vida não condiz com os ensinos dele! E obviamente, não estou falando de ser ''santo como ele foi''.


O espírita crê em reencarnação, então que faça as tais boas obras.

Tá, eu não conheço muito sobre tantas religiões, mas o raciocínio é esse. E que claro, nunca idéias estejam acima de pessoas e do amor, coisa que o ''neocristianismo'' tanto fez durante tanto tempo, e continua a fazer.

Se ficou mais confuso ainda, infelizmente, não terei o que fazer. É assim que está nossa mente, não temos como fugir disso...

Beijos,
Julia

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Cristo é relativo - Explicação

Recebi algumas criticas pelo último artigo postado, e concordo, eu realmente não soube defender a ideia em pauta. Confesso que escrevi como estava em minha cabeça: confuso.
Tenho Cristo como um homem que pregou e consumou o amor, um amor tão libertador que só poderia ser divino, Cristo é a essência do amor, o próprio amor, essa é a verdade que me foi revelada.
O titulo foi "Cristo é relativo" porque as revelações de quem é Cristo são relativas. Dei alguns exemplos, em um deles citei certos ateus que podem não crer no Cristo divino, mas podem crer no amor, viver o amor e serem livres nesse amor. O que mudou foi o nome e a crença, o Cristo continua sendo o mesmo, mas dessa vez revelado apenas como amor.
Para os católicos além da trindade existe alguns santos que são divinos, crer nesses santos para eles é um ato de fé, amor e os aproxima de Deus. Essa é a verdade que lhes foi revelada!
Minha real intenção foi dizer que Cristo não esta limitado a um estereótipo, Ele foge desses padrões e se revela como quiser a quem quiser.

Tomo a liberdade de usar partes do escrito de um amigo para completar meu raciocinio:

"Nós só podemos praticar aquilo que o Espírito Santo revelou, ou seja, a verdade não é um ponto de vista, mas uma revelação, um abrir de consciência feita pelo Espírito para que esse conhecimento gere vida... em nós.
Não podemos ser petulantes... e nem acharmos que temos a verdade, a verdade está em Deus... Ele nos guiara a toda a verdade."

Espero que tenha ficado mais claro, ou menos confuso. Se for necessário reescrevo novamente!
Jaas

Cristo é relativo

Há tempos uma de minhas frases preferidas vem sendo: "Conheça a verdade e a verdade vos libertará". Quando não havia recebido a graça de crer, dizia que a verdade era relativa. Depois de receber a graça de crer, passei a dizer que Cristo era a verdade. Hoje, recebendo a graça de ser dependente da graça, meus dois conceitos se unificaram, a verdade volta a ser relativa, a verdade continua sendo Cristo e parafraseando temos: Cristo é relativo.
Em um post antigo havia dito que o Jesus dos ignorantes era um babaca (e pra mim de fato é), mas esse "Jesus babaca" para eles é a verdade que liberta. Não crer em algum Deus é a verdade que liberta os ateus. Crer em Deus, Jesus Cristo, Nossa Senhora Aparecida e Virgem Maria é o que liberta os católicos. Crer apenas em uma energia que rege o universo é o que liberta outros e por aí vai... Nesse mundo de diversidades o que te liberta pode me prender (e vice versa), a verdade acaba sendo relativa.
No livro sagrado dos judeus-cristãos esta escrito: "Pregue o Evangelho", em outras palavras: "Pregue a Verdade". Pregar o evangelho é pregar o amor, proclamar a verdade é proclamar o amor. O amor traz paz e a paz traz liberdade. O amor, a paz e a liberdade são a verdade - Cristo - em essência. Isso torna a verdade relativa em superfície e igual em essência!
Citando o homem Jesus: "São pelos frutos que se conhece a árvore". Não importa qual seja sua verdade superficial - a árvore - é a verdade em essência - os frutos - que a caracterizam!

PS: Minha vez de pedir perdão pela confusão de ideias. rs
Jaas

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Significado e significante

E que tal falarmos de fé?

"Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie" (Efésios 2:8-9)


E afinal... o que é fé?!
É possível encontrar num dicionário a fé sendo descrita como plena confiança em algo, crença nos dogmas de uma religião, e de acordo com a origem etimológica da palavra, que deriva de ''fide'', é confiança, lealdade.

Na Bíblia encontramos uma definição prática do que significa: "Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem". - Hebreus 11:1
Analisando então o contexto do versículo de Efésios, chegamos na conclusão de que a fé que salva é a tal fé em Jesus. Mas afinal, o que é a fé em Jesus? Confunde-se muito a fé no significado e a fé no significante. A crença no Jesus histórico, ''o tal da Bíblia'', ''o tal do cristianismo'' e a crença no Jesus essência: amor, justiça, paz.

E é esse tipo de fé que salva: a crença na justiça em meio a tanta desgraça, a crença no amor em meio ao ódio, a crença na paz em meio a guerra, o crer que a igualdade virá, crer que as coisas irão mudar, crer que toda essa intolerância e preconceito inseridos na mente das pessoas através de manipulaçao e fundamentalismo hipócrita irá acabar. É aí que tá a coisa!

E a fé viva nos faz não apenas crer, mas também lutar para que isso possa se concretizar. Apesar de nossa falhas, de nossas obras serem vãs, temos aquEle que nos auxilia e dá força, para que continuemos na luta mesmo sabendo que somos apenas mais um grão no universo, e que esses esforços de nada vão valer para salvação. E por não ter apenas um significante, e sim mais que tudo isso, um significado, quando se foi deixou aquilo que habita dentro de nós, um Espírito Santo (fé, amor, esperança, paz, temperança, longanimidade, bondade, domínio próprio, alegria [contra essas coisas não há lei]), que a todo tempo nos ajuda a lutar contra nossos maus desejos, que sucumbem a fé.

Crer em Jesus e ter fé nele é se importar com o outro como se importa consigo mesmo.


PS: Confusão de idéias, mais uma vez. Espero que dê pra entender. Vocês me desculpam, né? rs
Beijos,
Julia

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Chega de preconceito!

Um dos assuntos que mais me abordaram no ano de 2010 foi esse: homossexualidade, homofobia e isso na vida religiosa. Com as eleições em outubro, o assunto voltou em pauta mais uma vez, e um dos textos postados aqui onde, de forma sutil, falávamos sobre o assunto, foi um dos mais comentados desde quando criamos o blog.

E eu começo a me perguntar: toda essa preocupação seria realmente um "zelo pela palavra" ou uma homofobia disfarçada (muito mal)?

A Bíblia fala sobre igualdade e ninguém se preocupa em lutar contra esse capitalismo selvagem e desumano.
A Bíblia fala sobre amor e todos continuam em uma guerra de egos disfarçada pela hipocrisia religiosa.
A Bíblia fala sobre tolerância, mas o desrespeito pelo que pensa diferente é trocado por dogmas e doutrinas.

Um Jesus amoroso que nos aceita como somos, que pagou o preço por nós todos e ainda assim rejeitamos tantos com nossos ''critérios morais'' tão falhos. Tá certo?

Sem entrar no âmbito da discussão sobre ser pecado ou não, e eu creio, particularmente, que não seja, mas supondo (e apenas supondo) o contrário, para que possâmos entrar na mesma lógica: é maior que algum outro? Ouço tanto dizerem que pra Deus ''pecado não tem tamanho", mas na prática é comum que alguns sejam cometidos sem que haja problema algum e outros são quase motivo de linchamento e retaliação. Enquanto os que estão no Amor não manifestarem isso, a treva continuará tomando conta de tantos corações. A revolução do amor precisa começar, mas pra que isso aconteça, a era do preconceito precisa terminar.

"Deixa nascer o amor
Deixa fluir o amor
Deixa crescer o amor
Deixa viver o amor
O sal da terra, amor..."


Nele somos um. Independente de crença, cor, raça, gênero e sexualidade.

Contra a homofobia: sim, eu levanto essa bandeira.

PS: Peço desculpas por misturar assuntos, mas é que 6h43 não é um bom horário para organizar idéias.
PS²: Obrigada Deus, por ser tão imoral segundo os critérios dos poderosos, reacionários, conservadores e preconceituosos. Isso faz eu te amar ainda mais.
PS³: Sim, usei aqui como ''diário pessoal'' mais uma vez. Sorry, I can't be perfect =(

Beijos,
Julia

Sobre a rebeldia

Venho hoje compartilhar um dilema e fazer um pequeno desabafo. Nunca gostei de utilizar esse blog como diário pessoal ou algo do tipo, mas acho que o assunto em pauta é de grande relevância e pode ser do interesse de alguns que, como eu, ficam sem entender a posição de outros tantos em relação a nós.
Desde que saí da denominação que eu frequentava e resolvi que não iria mais fazer parte da igreja institucional tenho sido alvo de constantes comentários, que não vem só dos que eram de lá, mas também de outros crentes em comunidades de debates bíblicos, ou mesmo quando algum deles resolve me "ministrar" ou "evangelizar". O assunto das críticas? REBELDIA!

Dizem que saí da igreja por ser rebelde e que esse espírito de rebelião é pecado, pois Satanás se rebelou contra o Senhor, e blábláblá, e autoridade espiritual e blábláblá, coisas do tipo. Gostaria então de fazer alguns breves esclarecimentos, e creio que muitos irão acompanhar esse raciocínio e refletirão sobre tal assunto.

1) Sim, eu saí da igreja institucional por rebeldia. E você sabe o significado de rebeldia? Pois irei expor:

rebeldia
Significado de Rebeldia

s.f. Ato de rebelar-se; não-conformidade, reação.
Fig. Oposição, resistência.


Por não concordar com a institucionalização da religião, o dogmatismo, a distorção das palavras de Jesus, o fundamentalismo religioso e preconceituoso e a hipocrisia em relação à única orientação do Mestre, resolvi me desligar. Sim, me opus a isso tudo, resisti à distorção, fui uma rebelde.

2) A rebeldia de Satanás foi contra Deus, no sentido de querer ser maior que Ele. Contra Ele, nunca me rebelei. Muito pelo contrário... rebeldia seria se eu ignorasse a voz dEle que tanto me orientou durante meu desligamento.

3) Conhece Martinho Lutero? Acho que sim. O ''pai do protestantismo'' foi um grande rebelde, que se opôs à Igreja Católica, que na época era vista como a ''legitimidade do cristianismo'', ''a imaculada'', ''Santa Igreja'' (nada contra os católicos, viu?! respeito por toda religião é algo que faz parte de mim e desse blog). Se ele não houvesse sido um rebelde (algo que em mim e em outros tanto condenam) você que se diz evangélico provavelmente estaria ainda hoje assistindo missas, adorando santos e seguindo tantos tradicionalismos sem sentido que hoje tanto condena.

Peço que repensem o assunto e decidam, afinal, se a rebeldia é tão condenável. Se sim, procure a missa mais próxima de sua casa e seja feliz.


ATENÇÃO: O texto acima direciona-se principalmente aos que se dizem evangélico. De forma alguma quero atacar vocês, católicos. Mais uma vez, é apenas uma forma de tentar entender a hipocrisia de alguns. Muito obrigada pela compreensão.



Atenciosamente, e com todo amor do mundo (sim, acredite nisso)
Julia.